sábado, 28 de fevereiro de 2015

A P L V - O que é?

Uma das perguntas que mais recebo no Instagram é sobre APLV (alergia à proteína do leite de vaca). Já falei várias vezes sobre essa alergia, uma vez que, como muitos de vocês já sabem, o João Guilherme é portador.

Fonte: Google

APLV, como a própria sigla diz, é a alergia à proteína do leite de vaca. É a alergia alimentar mais comum nos dias de hoje, acometendo principalmente bebês e crianças até 3 anos. 

Mas o que isso significa?

O portador de APLV apresenta reação a uma ou mais proteínas presentes no leite de vaca (quais sejam, caseína, lactoalbumina e globulina) e aos seus derivados (manteiga, iogurte, queijos, etc). De forma simples e direta, podemos dizer que o sistema imunológico do alérgico à proteína do leite de vaca confunde o alimento com um "inimigo", reagindo a sua ingestão de forma agressiva.

A depender da gravidade da APLV ou sensibilidade do alérgico ao leite, o paciente pode apresentar reação, inclusive, se entrar em contato com o que chamamos de traços de leite. Os traços são os resquícios da proteína do leite de vaca que aderem às superfícies de utensílios domésticos como mamadeiras, chupetas, panelas, talheres etc, que embora lavados e "limpos", tiveram contato com leite de vaca anteriormente, fazendo com que o alérgico apresente reações próprias da APLV mesmo sem ter ingerido diretamente leite ou derivados.

O portador de APLV tem que atentar, inclusive, à composição de cosméticos, medicamentos, vacinas e vitaminas. Muitos deles apresentam proteína do leite de vaca em suas fórmulas, podendo causar reações nos alérgicos mais graves e mais sensíveis.

Os sintomas podem ser gastrointestinais (diarreia, refluxo, cólica, sangue nas fezes, por exemplo), cutâneos (urticária, coceiras, dermatite atópica) ou respiratórios (rinite, chiado no peito, asma). Há, ainda, como sintoma, o baixo ganho de peso ou perda de peso e o edema de glote. O diagnóstico é extremamente difícil, tendo em vista que os sintomas podem, facilmente, confundir-se como outras doenças ou estágios transitórios de amadurecimento vividos pelo bebê (o sintoma do João Guilherme, por exemplo, era unicamente cólica - falarei sobre a descoberta da APLV em outro post para não ficar tão cansativo).

Fonte: Google

Diagnosticada a APLV, inicia-se o tratamento que restringe-se, basicamente, a uma dieta de exclusão de leite de vaca e seus derivados. Se o bebê só mamar no peito, quem viverá a dieta alimentar é a mãe. Se o bebê já tomar fórmulas, passará a consumir as fórmulas de aminoácidos extensamente hidrolisadas disponíveis no mercado (as mais conhecidas são Neocate e Pregomin Pepti, ambos da Danone).

A boa notícia é que, na grande maioria dos casos, a APLV tem cura! A medida que o sistema imunológico da criança se desenvolve ela adquire resistência à proteína do leite, passando a consumi-la normalmente ao longo dos anos!

Espero que tenham gostado do post! Não deixem de comentar! E qualquer dúvida, crítica ou sugestão serão sempre muito bem vindos! Ah! E não deixem de cadastrar o e-mail para receberem em primeira mão as postagens do blog!

Xêru grande!

Carol


7 comentários:

  1. Amigaaa adorei o post!!! Super interessante e agora ficou fácil de entender a alergia!! Parabens

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  2. Meu sobrinho se curou aos 5 anos da APLV!! Boa sorte!

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    1. Muito obrigada, Li!
      Tenho fé na cura! Ainda bem que para o seu sobrinho já chegou, né? Quando maiorzinhos vão ficando acredito que fique mais difícil...
      Xêru

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