quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Síndrome Mão Pé Boca



Olá, gente querida! Tudo bem com vocês?

Quem acompanha no Instagram sabe que o João Guilherme anda doentinho. Ele começou a apresentar febre no sábado (08/08) e no domingo, dia dos pais, encontramos aftas na boca dele. Observamos, também, que ele estava mancando, mas acreditávamos que ele havia batido em algum lugar (menino sempre se bate, né?). Levamos na emergência e a pediatra disse que se tratava de uma virose e que continuássemos dando o remédio que ele já estava tomando, pois por ser vírus, não tem muito o que fazer a não ser aguardar.

De domingo pra segunda não dormimos nada! João gritava de dor! Não comeu nada, não tomou mamadeira nem aceitou a chupeta. Perguntávamos onde estava doendo e ele apontava para a boca. Na manhã de segunda levamos pela segunda vez na emergência por que tinha que ter algum remédio que amenizasse o sofrimento dele! Ele também passou a apresentar umas bolinhas na sola dos pés e na região da fralda.

A pediatra que nos atendeu, muito experiente e atenciosa, examinou bem para garantir que não havia placas bacterianas atrás das amídalas e para descartar alguma infecção nos ouvidos ou pulmões. Como estava tudo limpo, concluiu tratar-se de Síndrome Mão Pé Boca, doença causada por um vírus. Assim como a pediatra que atendeu no domingo, disse que não havia muito o que fazer, a não ser ministrar anti inflamatório e aguardar o ciclo se completar.

Segundo ela, é uma doença muito comum na infância, uma vez que a transmissão entre eles, especialmente quando frequentam escolinha, é muito fácil. O mais importante é não deixar a criança parar de se alimentar. Deve-se oferecer o que ela aceitar, preferencialmente alimentos e bebidas frios ou gelados, uma vez que aliviam o desconforto. Aqui, a única coisa que João comeu nos 3 primeiros dias foi iogurte com colher de plástico (dessas de criança) e suco de uva (em determinado copo de plástico, não aceitava em nenhum outro). Nem leite na mamadeira (que é a única coisa que salva quando ele está doente) e nem mesmo a chupeta pra acalmar ele aceitava. Acho que o ato de sugar o estava machucando.

Como é difícil ver um filho chorar de dor, chorar de fome e não poder fazer nada! É uma sensação terrível de impotência e de fracasso! Ele tentava se alimentar e não conseguia. Pedia para comer e não tinha coragem de provar porque sabia que ia doer... Que dó!

Eu, mãe de primeira viagem, nunca havia ouvido falar nessa doença. Por isso, resolvi pesquisar e trouxe um resumo  para que vocês conheçam! 

Mas lembrem-se sempre que quem faz o diagnóstico é o médico. Então, qualquer dúvida ou na presença de qualquer sintoma procure ajuda profissional!

Xêru grande!

Carol Franco


Síndrome Mão Pé Boca:

É uma doença infecciosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus (os vírus que causam diarréia). Altamente contagiosa em crianças, principalmente abaixo de 5 anos de idade. Em crianças maiores e adultos é mais difícil de acometer.

Sintomas:

  • Febre alta e gânglios aumentados nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
  • Mal estar, falta de apetite, vômitos e diarréia;
  • Aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas. Com elas surgem a dificuldade de engolir e muita salivação;
  • Erupção de pequenas bolhas, em geral nas palmas das mãos e plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.

Diagnóstico:

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Em alguns casos, exames de fezes e de sangue são necessários para identificar o vírus causador da infecção.

É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele. Por isso, sempre consulte seu médico!

Tratamento:

Como ocorre em outras infecções por vírus, essa doença regride espontaneamente após alguns dias. Por isso, o tratamento é meramente sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais só são ministrados nos casos mais graves. Ainda não existe vacina contra essa doença.

O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquidos e alimente-se bem, mas por conta da dor de garganta, isso é bem difícil.

Transmissão:

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados.

Recomendações:

  • Nem sempre a infecção provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são sintomas predominantes.
  • Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatinas e sorvetes, são mais fáceis de engolir. Dê preferência para alimentos e bebidas em temperatura baixa e evite a ingestão de alimentos muitos quentes, ácidos ou condimentados.
  • Bebidas geladas como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles.
  • Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção.
  • Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e depois de trocar a fralda da criança doente ou de levá-la ao banheiro. 
  • Idas frequentes ao pronto-socorro não alteram a evolução natural da doença, pois o quadro é auto-limitado, ou seja, melhora espontaneamente com a própria defesa do organismo.
  • Em alguns casos, quando as lesões da boca comprometem a ingesta de líquidos, faz-se necessário internação para hidratação endovenosa.

FONTES:


Site Dráuzio Varella

Site Minha Vida

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